Análise entomológica como recurso da Ciência Forense

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Interpretação dos resultados dos inquéritos online

Até ao momento foram colocadas duas questões online para testarmos os conhecimentos e opiniões dos nossos visitantes. Embora saibamos que este é um tema desconhecido por muitos, ficámos satisfeitos com o feedback positivo que obtivemos.

Primeira questão:
-O que pensa acerca dos insectos ?

88% votou na importância dos insectos, o que nos deixou bastante satisfeitos! Com certeza que no dia-a-dia as pessoas não pensam sequer na importância destes seres vivos, pois estes são muitas das vezes incomodativos e inoportunos. Contudo é muito satisfatório saber que as pessoas até têm consciência da sua importância.

Houve ainda (11%) quem mostrasse a sua indiferença fase aos insectos votando " não gosto nem desgosto". Embora esta opção tenha sido pouco votada, estamos certos que reflete a ideia de muitas outras pessoas sobre este assunto.

Segunda questão:
-Em quantas áreas se dividem a Ciência Forense?

As respostas dadas a esta questão divergiram ligeiramente, mas mais uma vez as pessoas votaram correctamente (54%). Como já foi referido numa das postagens iniciais, a Ciência Forense apoia-se em 6 áreas diferentes, sendo estas a Antropologia, Psicologia, Ondotologia, Patologia, Entomologia e Criminologia.

Dado que este tema não é propriamente conhecido por todos, compreende-se as diferentes respostas dadas.

Obrigada a todos os que votaram :)
Postagem de grupo

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Breves informações...3

Ordem Diptera é uma ordem de insectos, caracterizada pelo tamanho reduzido das assas posteriores, e grandes assas a sairem do abdomen ( assas dianteiras), é um grupo que tem 120, 000 espécies. O registo fóssil mais antigo da ordem diptera data do Triássico superior (225 milhões de anos).
A maioria dos dípteros distingue-se dos outros insectos, por possuírem somente um par de asas, corresponde ao par anterior, transformando-se o par posterior em pequenas estruturas denominadas halteres, que funcionam como órgãos de equilíbrio.

Sílvio Marcos

www.beautyofnature.ca

Breves informações...2

Ordem Diptera

As suas características gerais são

Dois pares de asas:
as anteriores membranosas
as posteriores atrofiadas (Balancins)
Peças bucais
Tipo picador/sugador
Tipo lambedor

Holometábolo (é um animal que tem metamorfose completa durante o seu desenvolvimento)

Nos insectos homometábolos o seu desenvolvimento é do tipo ovo, larva, pupa jovem, pupa madura, adulto

Selecções do Reader´s Digest 2007

Sílvio Marcos

Breves informações...

Como já vem sendo costume da-mos indicações sobre as espécies recolhidas o que são, composição, etc.
Este vai ser um novo espaço do blog onde eu vou retirar informações na Internet, em livros, em documentários, etc.
A ordem Coleptera é a que tem maior número de espécies dentre todos os seres vivos — cerca de 350 mil — sendo portanto o grupo animal mais diverso que existe. Dentre os seus representantes mais conhecidos estão as joaninhas, os besouros do elegante, e os besouros das arvores. A maior família dentro da ordem coleptera é a família curculionidae.
O seu interesse forense encontra-se no seu aparecimento tardio, uma vez que ele só aparece no estado seco, indicado o seu tempo de decomposição.

Documentário: Insects in Discovery Channel CA

Sílvio Marcos

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Primeira entomóloga forense portuguesa

Catarina Prado e Castro é a primeira entomóloga em Portugal a estudar insectos com fins forenses e é através destes que consegue obter informações importantes sobre o PMI ( intervalo após morte), local e estação em que a morte decorreu.

Numa entrevista dada, Catarina Castro pronunciou a importância da Entomologia em casos de carácter legal e explicou a sua aplicação nesses casos. Contou também como surgiu a ideia de se dedicar a esta área e o que a cativou. Ao longo da conversa, a entomóloga forense explicou a dificuldade de se seguir esta área em Portugal apontando a falta de saídas profissionais.

Para aceder ao site e ler a entrevista clique no site abaixo.

http://www.cienciasforenses.info/248/entrevista-catarina-prado-e-castro/

Imagem retirada de :

http://www.facebook.com/profile/pic.php?oid=AAAAAQAQnmv1sqM9ERaCB0uRPcCKpQAAAAkTU72ORbHPLj9B1znkyFAp&size=normal

Dificuldades sentidas até ao momento

Em qualquer trabalho ou estudo que se realize, muitas são as dificuldades e os obstáculos que têm de ser ultrapassados, e no nosso trabalho não é excepção.
Um dos primeiros obstáculos que tivemos que ultrapassar, foi sem dúvida a adaptação ao "mundo da decomposição". Apesar de termos a noção do que nos esperava, obviamente que é mais complicado passar da teoria para a prática. Os odores dos corpos em decomposição, as larvas presentes nos corpos e a visualização de todo aquele processo foi algo que com o tempo fomos conseguindo ultrapassar.

Recolha de amostras durante a decomposição

Depois da fase de decomposição estar concluída, iniciou-se a etapa de identificação das espécies. Nesta fase também sentimos algumas dificuldades, pois era a primeira vez que trabalhávamos com tanta variedade de espécies, tendo por isso levado mais tempo a terminar do que prevíamos.

Para o trabalho de identificação das espécies contamos com a ajuda da Dr. Patrícia Garcia

Apesar das dificuldades, temos conseguido ultrapassar que o inicialmente era difícil.

JB

Quais os perigos derivados do trabalho com corpos em decomposição?

Quando um corpo em decomposição é encontrado, ou quando se trabalha directamente com cadáveres para estudos, os especialistas necessitam de ter alguns cuidados.

Durante a decomposição de um ser vivo (para estudo), o mais desagradável é considerado por muitos o odor. Segundo especialistas em mortes, este odor resulta de vários gases como o gás sulfídrico, os mercaptanos, o dióxido de carbono, o metano, o amoníaco e a fosfina. Além disso, os líquidos expulsos pelos corpos, apresentam um certo número de germes intestinais. Estes germes existem no nosso organismo, mas podem ser considerados perigosos. Contudo, para aqueles que encontram um corpo e trabalham na sua remoção os perigos são ligeiramente maiores dado que não conhecem a vítima nem sabem se apresenta algum tipo de doença contagiosa. Para além dos odores desagradáveis, correm um pequeno risco de contrair tuberculose, hepatite B e C, HIV, e doenças que causam diarreia. No geral, essas doenças não duram mais de dois dias nos cadáveres, à excepção HIV, que pode durar até seis. Os profissionais podem reduzir esses riscos usando botas e luvas de borracha e desinfectando as mãos.