Ponto da situação

Encontramo-nos no fim do 1ª período, momento em que começamos a reflectir sobre os objectivos traçados e quais os que foram atingidos. Quase todos os nossos objectivos foram atingidos. Para o próximo período os nossos objectivos são a repetição da decomposição mas com uma nova estação do ano (Inverno), enviar o inquérito já construído para as turmas seleccionadas, avaliar os resultados dos mesmos e por fim identificar pelo menos até ao género os nossos espécimes recolhidos.

Sílvio Marcos

Como foi feita a identificação das espécies?

Como a identificação das espécies é uma experiência nova para nós, mais uma vez contamos com a ajuda da Dr.Patrícia que nos deu sugestões de como deve ser feita a pesquisa, bem como na utilização da lupa binocular, entre outras ideias para identificar as espécies no nosso projecto.
Sempre sob a orientação da Dr.Patrícia, a pesquisa do nome das espécies mais comuns em processos de decomposição foi efectuada no bioportal da Universidade dos Açores (link presente na nossa página principal), no qual predominam todas ou quase todas as espécies da região e recorrendo ao "google" como recurso.
Ao longo de cinco aulas foram observadas todas as amostras recolhidas e identificadas duas, sendo uma pertencente à grande ordem Coleoptera e outra à grande ordem Díptera ( como já foi referido na postagem dia 15/12/09). Iremos então, nos próximos dias, proceder à identificação das restantes em falta.



Nuno Ferreira

Evolução sofrida pelos coelhos durante a decomposição

Como já foi anteriormente referido o processo de decomposição que cada coelho sofreu foi estudado durante dez dias.

Após o decorrer de seis dias de recolha de amostras, todos os coelhos atingiram por fim o estado seco, contudo as idas ao local só terminaram ao fim dos dez dias. Esta rápida evolução deveu-se principalmente ás condições ambientais favoráveis das quais destaca-se as elevadas temperaturas e humidades a que os corpos tiveram sujeitos.

Em Janeiro vamos dar continuidade ao estudo, promovendo a decomposição de outros quatro coelhos e repetindo o mesmo método/processo mas numa outra estação (Inverno), para poder então recolher o máximo de informação possível.

Postagem de grupo

Primeiros resultados

Embora a fase de interpretação de dados e identificação das espécies não ter terminado ( dado que este foi o nosso primeiro contacto com um trabalho que abrange tanta variedade de seres vivos), os primeiros resultados já foram surgindo.

• Um dos primeiros resultados a salientar ocorreu logo após a colocação dos cadáveres no local. Foi possível observar os primeiros dípteros para depositarem os ovos (imagem 1).
  
  

Imagem 1

• Ao longo dos dez dias, quatro estágios de decomposição foram reconhecidos: Fresco, inchaço, decadência e estágio seco, sendo o de inchaço e decadência o que possuiu maior diversidade e quantidade de insectos.
  
  
• Apesar da grande quantidade de insectos recolhidos, no geral esperávamos uma maior diversidade.

• Dos insectos recolhidos, os de maior interesse inserem-se nas Ordens Díptera e Coleoptera
  
  Em relação aos imaturos, chegamos à conclusão (segundo a orientação que obtivemos para identificação de larvas) que estas corresponderiam a insectos de ordem díptera.
  
  

Postagem de grupo

Pequeno resumo sobre o trabalho efectuado durante o 1º Período

Para ajudar a compreender melhor todo o trabalho que foi realizado para estudar a decomposição efectuada pelos insectos aqui vai um pequeno resumo:

• No dia 22 de Outubro (quinta-feira), quatro coelhos foram-nos entregues.
  
  
• Cada um foi colocado no seu respectivo local (ver postagem 26 de Outubro de 2009 ), de acordo com as variáveis em estudo : com e sem escoriações/ Zona de luz e zona de sombra. Desta forma cada coelho correspondeu a um número para facilitar a sua distinção:
  
  -Coelho 1: Zona de sombra, sem escoriações

-Coelho 2: Zona de sombra, com escoriações





-Coelho 3: zona de sol, sem escoriações




-Coelho 4: zona de sol, com escoriações

• Durante dez dias consecutivos (sempre dentro da mesma hora, para não ocorrer discrepâncias ao nível dos resultados) procedeu-se à recolha de adultos e imaturos, e efectuou-se os registos de identificação necessários. Como a temperatura e a humidade são factores chave no desenvolvimento das espécies e consequentemente na decomposição, tivemos o cuidado de fazer o registo diário das temperaturas do ar, solo, humidades relativas, máximas e mínimas diárias.
  

Registo de dados durante a recolha de amostras

JB

Resultados á vista

No passado dia 20 de Novembro, a Dra. Patrícia Garcia esteve connosco a analisar os resultados que obtivemos durante os 10 dias que decorrem na decomposição dos 4 coelhos. Para além disso tivemos alguma orientação relativamente ao processo de identificação das espécies recolhidas.
Foi identificado o género e a espécie dos insectos mais comuns em processos de decomposição, mas falta-nos ainda muito trabalho de pesquisa para obter o nome dos restantes insectos.

Postagem de grupo

Nicho ecológico e a sua relação com a decomposição

Nicho ecológico é o modo de vida de cada espécie no seu habitat. Representa o conjunto de actividades que a espécie desempenha, incluindo relações alimentares, obtenção de abrigos e locais de reprodução, ou seja, como, onde e à custa de quem a espécie se alimenta, para quem serve de alimento, quando, como e onde procura abrigo, como e onde se reproduz.
Nos nossos coelhos como em toda a matéria orgânica em decomposição, há a existência de um nicho ecológico (mas temporário uma vez que desaperecerá) . Muitos dos insectos que encontramos, nada tem a ver com a decomposição mas que encontram no coelho um habitat ideal para viver, por varias razões calor, alimento, abrigo e etc.

Sílvio Marcos